Para pairar e ler um pouco de tudo. Para se sentir que existe vida aqui. Fotografias tiradas de www.flickr.com

domingo, 4 de janeiro de 2009

Lisboa


Fado, meu fado,
eterno morador de Alfama,
infinito amante alfacinha,
que passas pela calçada lisboeta,
que nasces de cada voz lusitana,
que corres por esta alma só minha.

Queria eu guardar-te,
só para mim,
como se obra de arte fosses.
Não vi que isso impossível seria,
e, assim, perdi-te por tanto te querer.

Hoje, espalhado pelo Mundo estás,
mas vives sempre em casa Lisboeta.
Porque por mais que o Mundo te transforme,
A essência de ti, meu Fado, nasce nestas ruas de Alfama.
"Onde chora a madrogada",
Onde a tradição ainda te proclama.

E continuas no meio de todos nós,
correndo a nossa calçada,
nascendo das nossas vozes lusitanas,
sendo o eterno amante
dos bares e casinhas tradicionais alfacinhas.

Continuo em busca de ti em mim.
Encontro-te e perco-te.
Porque Fado são momentos que,
acima de duradouros, se tornam intensos
e, por isso, inesquecíveis.






Fotografias tiradas do Flickr

3 comentários:

Cacao disse...

de quem é esta letra? e para que fado? beijinho susypini!

Susana Pereira disse...

Este poema é meu :)
Por acaso, escrevi-o com o desejo que um dia o consiga encaixar numa melodia de fado tradicional :) pode ser que aconteça!

O que achast dele? Gostaste?

Beijinho cacaoete!

Cacao disse...

adoro adoro adoro. MESMO giro!!!
tens MESMO que lhe arranjar uma melodia, p compor tudo!
Grande bejinho fadista,
espectaculaaaaaar!