Fado, meu fado,
eterno morador de Alfama,
infinito amante alfacinha,
que passas pela calçada lisboeta,
que nasces de cada voz lusitana,
que corres por esta alma só minha.
Queria eu guardar-te,
só para mim,
como se obra de arte fosses.
Não vi que isso impossível seria,
e, assim, perdi-te por tanto te querer.
Hoje, espalhado pelo Mundo estás,
mas vives sempre em casa Lisboeta.
Porque por mais que o Mundo te transforme,
A essência de ti, meu Fado, nasce nestas ruas de Alfama.
"Onde chora a madrogada",
Onde a tradição ainda te proclama.
E continuas no meio de todos nós,
correndo a nossa calçada,
nascendo das nossas vozes lusitanas,
sendo o eterno amante
dos bares e casinhas tradicionais alfacinhas.
Continuo em busca de ti em mim.
Encontro-te e perco-te.
Porque Fado são momentos que,
acima de duradouros, se tornam intensos
e, por isso, inesquecíveis.
Fotografias tiradas do Flickr
3 comentários:
de quem é esta letra? e para que fado? beijinho susypini!
Este poema é meu :)
Por acaso, escrevi-o com o desejo que um dia o consiga encaixar numa melodia de fado tradicional :) pode ser que aconteça!
O que achast dele? Gostaste?
Beijinho cacaoete!
adoro adoro adoro. MESMO giro!!!
tens MESMO que lhe arranjar uma melodia, p compor tudo!
Grande bejinho fadista,
espectaculaaaaaar!
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